Obras de plástico em meu acervo – e agora, o que fazer?
Resumen
Os acervos museológicos no Brasil foram, durante muito tempo, constituídos por materiais bastante conhecidos pelos conservadores/restauradores como esculturas em madeira, pedra ou metal, pinturas sobre tela, documentos em papel e gravuras entre outros. Porém, este perfil começou a se modificar a partir do final do século XIX e início do século XX com a aquisição por parte das instituições, de obras de arte elaboradas em material plástico, seja de forma silenciosa (nos museus históricos) ou conscientemente nos museus de arte contemporânea. E, aos poucos, estes acervos foram aumentando de acordo com o crescimento da utilização e difusão deste material entre os artistas, sendo o pico máximo as décadas compreendidas no intervalo entre 1960 e 1980 (MORGAN, 1991). Inicialmente, considerado por muitos como um material indestrutível, as obras em plástico não obtiveram por parte dos colecionadores e conservadores os mesmos cuidados dispensados as coleções tradicionais. Estes acervos apresentam-se carentes de conservação/restauração uma vez que grande parte dos profissionais desconhece os processos de degradação dos mesmos bem como técnicas seguras de intervenção, já que no país não existem cursos de formação que abranja este tipo de material.