Museu de Arte do Rio – MAR: uma abordagem do valor patrimonial
Resumen
Há décadas, a região portuária da cidade do Rio de Janeiro tem sido alvo de estudos e projetos de revitalização. A instituição, em 2009, por lei municipal, da Operação Urbana Consorciada da Área de Especial Interesse Urbanístico da Região Portuária do Rio de Janeiro foi feita no intuito de garantir a implementação do projeto de requalificação urbana intitulado Porto Maravilha. Com relação à preservação do patrimônio cultural, o Porto Maravilha apresenta ações voltadas para o resgate da memória local, tendo o Museu de Arte do Rio (MAR) como âncora do projeto. Instalado na Praça Mauá, o MAR teve como desafio unir construções de características arquitetônicas distintas e com diferentes níveis de proteção. Ao analisar as intervenções realizadas para a adaptação do edifício do antigo Palácio Dom João VI ao uso de museu, pode-se verificar que algumas de suas características são sacrificadas em favor da nova função. Questiona-se, a partir deste exemplo, a relação entre a intenção da intervenção e os resultados obtidos pelo projeto adotado, no que se refere à preservação dos valores que o edifício representa para a sociedade e que motivaram sua proteção. Este artigo se propõe a analisar como as escolhas de projeto de adaptação ao uso de Museu impactaram nos valores atribuídos aos edifícios constituintes do MAR.