Trabalho, subjetividade laboral e cultura escolar no contexto da reestruturação produtiva
Resumen
As mutações societais que presenciamos no tempo presente assumem contornos com alcances nas mais diferentes esferas do tecido social. Tais mutações estão vinculadas a pelo menos três grandes eixos de sustentação do atual ciclo produtivo: a reconfiguração do papel do Estado, a agudização do processo de transnacionalização do capital e a expansão dos diferentes mecanismos de reestruturação produtiva. Esses elementos constituem a moldura, em nível macro, da sociedade contemporânea e se encontram intrinsecamente interligados e interdependentes. Eles produzem novas paisagens sociais, as quais constituem e são constituintes de sociabilidades que se materializam na vida cotidiana com alcances em múltiplos espaços. Neste artigo enfocaremos aspectos relacionados às atuais configurações do Estado, mediante a materialização de práticas produzidas pelo “terceiro setor” oriundas das entidades do “quase mercado”. Tal abordagem parte de um recorte empiricamente observado no plano micro, mediante um esforço de conectá-lo às determinações macro- sociais, desenvolvido por ocasião de uma pesquisa realizada no âmbito do estado de Minas Gerais, Brasil, com ênfase nas particularidades da relação entre as esferas pública e privada.